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A criatividade humana versus Inteligência Artificial

Por Alberto Meneghetti, CEO da Neodigital, diretor da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro e coordenador da 21ª Mostra de Comunicação do Agro ABMRA


Como acontece todos os anos, no final de junho passado, o maior festival de criatividade do mundo, o Cannes Lions, teve lugar no Palais des Festivals e ao longo da orla e da Croisette, avenida com 2 quilômetros, onde circulam milhares de participantes, de todas as nacionalidades, ávidos para conhecer as últimas novidade do mundo da propaganda e da comunicação digital.


E, nesta edição, o tema mais destacado, como não poderia deixar de ser, foi a Inteligência Artificial Generativa, uma das mais fascinantes áreas da inteligência artificial (IA), e que muda radicalmente a forma como a computação é escrita e implantada, seu impacto e suas consequências para o business, tanto pelo lado bom, como pelo lado preocupante que está se configurando, ao mudar totalmente as formas como os conteúdos são criados, eliminando algumas funções, mas criando outras novas, por outro lado, como o “engenheiro de prompt”, uma atividade exercida para ser um tipo de “treinador de inteligência artificial.”


Novas ferramentas, visões e tecnologias foram dissecadas pelos maiores players do mundo, com debates interessantíssimos sobre suas potencialidades. Destacou-se o lançamento do novo chip de inteligência artificial da Nvidia, o Nvidia A100, que promete um aumento de até 20 vezes no desempenho em relação à geração anterior e um painel do Google sobre o tema, com James Manyika, SVP de pesquisa, tecnologia e sociedade, e Robert Wong, vice-presidente do Google Creative Lab, relatando didaticamente como as ferramentas desenvolvidas ajudarão os criativos a explorar seu máximo potencial, desmistificando as novas tecnologias de I.A. e convidando a audiência a se familiarizar com elas e utilizá-las no dia a dia.


No entanto, mesmo com todos os avanços tecnológicos, a criatividade humana continua sendo fundamental para se destacar em um ambiente saturado de informações. Sobre este tema, uma história interessante: era o ano de 2018, num mundo pré-pandêmico, e eu estava em Cannes, cobrindo jornalisticamente este grande festival. Naquela edição, o tema Inteligência Artificial na criação publicitária foi lançado com força e uma grande agitação tomou conta dos participantes, já que a questão colocava em xeque o futuro dos criativos e o seu fazer publicitário.


Entrevistei, para uma revista do segmento, o festejado criativo Hugo Rodrigues, CEO da WMcCann, sobre esta questão e ele se mostrou preocupado, mas otimista, como sempre, afirmando que estava presenciando marcas usando menos o artificial e trazendo mais o real nas suas campanhas, e fazendo a grande pergunta que era a existência ou não da Criatividade Artificial.


Hugo ressaltou que os robôs, numa busca para tentarem ser humanos talvez se transformassem em algo parecido com a gente, com a nossa capacidade de pensar, mudasse nosso comportamento e acabasse por confundir toda essa tecnologia. Anos depois, chega o ChatGPT e isto começa a ficar mais palpável e ao alcance de todos. Ferramentas de edição de imagens, como o MidJourney e o DALL-E, que oferecem resultados imediatos com impressionante realismo começam a tomar conta do mundo publicitário.

Mas nada disso funciona sem a nossa capacidade única de ter pensamentos originais e de elaborar conexões inesperadas, que é a essência da criatividade.


Para finalizar, convoco aqui o próprio ChatGPT para dizer o que acha disso tudo:


“A criatividade humana também é fundamental quando se trata de narrativas e storytelling. Contar histórias é uma forma poderosa de engajar o público e criar uma identificação com a marca. A IA pode gerar textos ou vídeos, mas ainda está longe de criar narrativas envolventes e emocionantes. A habilidade humana de criar personagens, desenvolver enredos e construir arcos narrativos é um elemento crucial na publicidade, pois permite criar uma conexão emocional e gerar impacto duradouro.” Falou e disse.

E estou muito curioso com o que teremos de campanhas e cases do agromarketing na próxima 21ª Mostra de Comunicação do Agro ABMRA, o maior festival de criatividade do segmento, que promete repetir o sucesso da edição anterior, na qual tivemos 265 cases inscritos.

Início das inscrições em agosto e premiação em novembro. Preparem suas campanhas, com ou sem ajuda da Inteligência Artificial.

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